19.3.08

Reencontrando Bruce

O bom e velho Bruce Dickinson continua o mesmo! Dono de uma voz impecável e feita para o metal. Eu e o marido -na época ainda namorido - tivemos o privilégio de ver o Bruce em sua performance solo no Brasil, em 1999, quando eu gritei e me emocionei com Tears of the Dragons, a minha música preferida da carreira solo do Bruce.

Faltava ver o Bruce no Iron Maiden! Agora sim, pude cantar, gritar e me emocionar com os clássicos do Iron aqui em Toronto no domingo que passou. Acompanhados do vizinho Wander (valeu a parceria vizinho!), fomos curtir o show do Iron Maiden que finalizou a turnê mundial de 2008. Eles só cantaram músicas antigas - a banda nasceu em 1975 e é considerada uma das mais importantes e bem sucedidas bandas de heavy metal de toda a história- e o show é todo cheio de pirotecnia, cenografia e efeitos especiais. 

E claro que não poderia faltar o Ed the Head que estava lá também como em todos as capas de disco da banda e todos os shows. Agora aguardaremos o show da banda da nova geração que aprendemos a gostar mesmo antes de sair do Brasil, o Linking Park (Wander, esta será mais uma parceria de sucesso). Também já fomos a um show deles no Morumbi (Lembra Lé?) antes de deixarmos o Brasil e os caras mandam muito bem. Tomara que eles venham para cá este ano ainda!

Aproveito para desejar uma feliz Páscoa (para aqueles que celebram) e dizer que estamos saindo de férias e este blog também entrará em ritmo "desacelerado" quase parando que umas boas férias merecem. 

Até a volta!
FUI

17.3.08

Vamos ao teatro - para rir muito!

Sábado que passou fomos até a cidade vizinha de Waterloo, com alguns colegas de trabalho do Maurício, conferir a peça "Defending the Caveman" (Defendendo o Homem das Cavernas).


Aclamado pelo público e pela crítica (O New York Times descreveu como "um fenômeno de comédia"), o monólogo que está a mais tempo em cartaz na história da Broadway, corre mundo afora em mais de 30 países (infelizmente para quem está no Brasil ainda não pode conferir o espetáculo) fazendo o público morrer de rir em 15 idiomas diferentes. Mas se você está no Canadá e o espetáculo estiver na sua cidade, não pense duas vezes! É hilário e impagável!


Como não havia mais ingressos na época em que a peça estava aqui em Toronto, fomos até Waterloo e vale muito à pena a viagem de cerca de um hora para você que mora aqui. Escrito pelo Californiano Rob Becker, em 1991, o roteiro hilário e muito verdadeiro (prepare-se para morrer de rir e encontrar muitas verdades também!) parte da premissa que o homem das cavernas e a mulher das cavernas viviam na mais perfeita harmonia porque entendiam bem os seus respectivos papéis. Aí homens e mulheres modernos evoluíram com a sociedade moderna em modos totalmente diferentes, ainda assim trazendo seus instintos básicos dos tempos das cavernas com eles.


A inteligência do roteiro, a extrema competência do ator Michael Van Osch, Canadense nascido em Waterloo, dão ao espetáculo a combinação perfeita para o que chamo de uma verdadeira obra de arte! Simplesmente SENSACIONAL! Sem falar que para um monólogo ser de fato muito bom, eu diria que mais de 50% da responsabilidade está nas mãos do ator. E se o mesmo não é bom, não há roteiro que segure. Aqui, ambos são fantásticos!


O ator começou sua carreira estrelando produções da Broadway como A Few Good Men (espetáculo que, em 1992, virou filme estrelando Tom Cruise, Demi Moore e Jack Nickolson), Lost in Yonkers e A Midsummer´s Night Dream. Recentemente atuou no aclamado video clip American Dream de Casting Crowns.


O espetáculo é para todos aqueles que reconhecem que há diferenças natas entre homens e mulheres e querem rir muuuuito mas muuuito mesmo! Eu havia me esquecido como é bom chorar de tanto rir !

13.3.08

E não é que o Papa é Pop mesmo!

Não aquele papa da velha conhecida música que o Humberto Gessinger tanto cantou nos idos da década de 80 durante a adolescência de qualquer um com mais de 30. Aqui o papa é outro, mais íntimo das meninas por assim dizer, mas tão pop quanto. Isso, aquele mesmo - o papanicolau – que aliás deve morar no inconsciente masculino pois já foi cantado também pelos Titãs na mesma década que embalou a minha adolescência. Quem aí não embalou a “ginecológica” canção Clitóris? (ops, meninos, este post hoje está um tanto quanto feminino!)


Agora voltando a conversinha com as meninas sobre o pop papa, ou melhor o - papanicolau. Esta semana fui, pela primeira vez desde que cheguei aqui, visitar o “dotô” justamente para fazer o famoso e tão importante check up anual ginecológico que inclui o valiosíssimo – e pop – papa. Devo dizer que foi, no mínimo curioso. Tudo certinho e nada de novo pois afinal tratava-se do velho conhecido de toda mulher que preze a sua saúde e tão famoso papa (bendita hora que a medicina resolveu usar como base o latim para todos os seus termos médicos! E não é que o papa chama-se papa por aqui também? Não disse que o papa continua sendo pop
?).

Muito já se discutiu sobre médicos no Brasil e médicos por aqui, por isso não estou nem um pouco a fim de cometer a injustiça de comparar o sistema de saúde privado - digno de primeirio mundo que nós enquanto uma elite tínhamos o privilégio de ter acesso no Brasil - com o sistema público de saúde daqui. A blogueira que melhor dissertou sobre o tema, na minha opinião, foi a Alexandra e se você lê em inglês, sugiro o texto que é, na verdade, a minha opinião sobre o assunto.


Mas voltando à celebridade Papanicolau, confesso que eu estava me sentindo incomodada de ainda não ter ido ao médico por aqui (mesmo que fosse para um check up) ainda e , principalmente, de ter que deixar de lado uma relação de mais de 8 anos com o meu ginecologista lá do Brasil (o Dr. Marcio Jordão é um dos melhores profissionais que eu conheci e quando fui me despedir dele até brinquei que os profissionais que eu mais sentiria falta no Canadá seriam ele, a minha manicure e a minha faxineira! Devo confessar que hoje isso se confirmou verdadeiro rsr).

Entretanto, aqui foi a terra que eu escolhi para viver, moro aqui e fiz esta escolha. Quando fazemos escolhas, fazemos trocas e devemos nos adaptar a elas. Por isso, fiz questão de registrar este momento por aqui. Quebrei mais uma barreira psicológica de imigrante recém-chegado (aquele que está aqui há menos de 3 anos) e devo dizer que estou bem mais tranquila agora que fiz o meu check up ginecológico anual, gostei do médico (formado na universidade de Ottawa e indicação da minha vizinha Liliane. Lili, boa indicação viu?) e claro, constatei que o papa continua sendo pop!


Ao sair da clínica não pude deixar de observar o grande aviso que dizia “Não aceitamos mais pacientes que não falem INGLÊS!” . Pensei comigo, este país é uma loucura mesmo. Um médico Canadense, formado na Universidade de Ottawa, no exercício de sua função, em seu país onde o idioma oficial é o inglês (no caso da províncea de Ontario), precisar colocar este tipo de anuncio!

No mínimo curioso e retrato de um país formado por imigrantes. Agora se você é mulher, brasileira, e chegou aqui com o inglês fluente não se preocupe que a consulta segue bem feitinha, direto ao ponto, o médico é bom, “limpinho”, você apresenta o seu OHIP (o cartão de saúde pública Canadense) entra, faz o que tem que ser feito e sai sem gastar um tostão (claro que pagamos nos impostos).

Devo confessar que nesta hora me senti cidadã de verdade e feliz em saber que o papa continua pop!

7.3.08

Colunista do Brasil News

Estreou esta semana - no jornal voltado à comunidade Brasileira Brasil News - a minha coluna "Saving Money" que - quinzenalmente - vai dar dicas de como viajar mais barato, resenhas de filmes e entretenimento em geral. E tudo isso sempre com o foco em economizar, ou seja, fazer mais com menos. Coisa que todo imigrante vira especialista e nem por isso deixa de curtir as coisas boas da vida.

O primeiro artigo traz a primeira parte das dicas econômicas do roteiro da região de Muskoka onde estive no último feriado de fevereiro. Espero que os leitores do Brasil News e do Era gostem e tirem bom proveito de todas as dicas!

Boa leitura e bom fim de semana à todos!

4.3.08

Chamem os Paramédicos

Queimadura, afogamento, crise de asma, choque anafilático, sangramento de nariz, fratura, hipotermia, angina, ataque do coração, epilepsia, diabetes, pressão alta... e o pulso ainda pulsa! Calma gente, não estou “compondo” a versão 2008 de O Pulso cantada na voz do eterno poeta Arnaldo Antunes não!

Todos estes assuntos e muito mais foram abordados no curso de dois dias - ministrado pelo EMS (Emergency Medical Services) de Toronto - que eu acabei de fazer para me tornar apta à prestar os primeiros socorros, além de fazer todo o procedimento de ressuscitação em bebês, crianças e adultos. Você tem criança em casa, trabalha com crianças ou nenhuma das anteriores? Recomendo este conhecimento mesmo assim.

Simulação de cenários de emergência, “bonecos” adultos para ressuscitar, “bonecos” bebês que acabaram de se afogar e estão ficando sem respiração para ressuscitar, curativos para fazer e ataduras foram apenas um dos muitos exercícios práticos deste EXCELENTE curso que eu fiz e recomendo à todos. O que, à princípio soa como algo banal, na realidade acaba sendo um ato de amor pois 80% dos casos em que você vai aplicar as técnicas de primeiros socorros será com familiares e amigos, 15% em colegas de trabalho e 5% em estranhos na rua. Sim, aqueles que você mais ama serão os maiores beneficiados do seu conhecimento.

Na realidade, eu sempre achei que este é o tipo de conhecimento que todos deveríamos ter. Claro que, em uma situação real, nem todos nós estaremos aptos a de fato agir na real velocidade e ao mesmo tempo com a frieza que a emergência exige. Entretanto, se todos tivessem ao menos o conhecimento vocês concordam que aumentaria o número de pessoas que sequer sabem que poderiam agir e acabariam, em momentos decisivos, se tornando a diferença entre a vida e a morte para outra pessoa?

Sempre achei isso e - ironia do destino – só estou hoje aqui contando tudo para vocês neste blog porque um anjo (né Vitor? Querido, este post é em sua homenagem. Acho que estarei velhinha gagá e ainda me lembrando de como você salvou a minha vida) estava na hora certa, no lugar certo, tomou o controle da situação e- mais importante – sabia o que fazer corretamente, enquanto eu seriamente me afogava com um "estúpido" pedacinho de carne do estrogonofe (passei mais de um ano sem conseguir comer estrogonofe novamente).

Vitor, após terminar este curso eu aprendi que o tipo de afogamento que eu sofri foi o mais severo e não tivesse você literalmente iniciado os procedimentos de primeiros socorros, em no máximo 4 minutos, eu entraria em estado de choque e até chegar à um hospital era morte cerebral na certa. Claro que não pude deixar de lembrar de você o tempo todo quando fazia os exercícios (aqueles mesmos que você utilizou em mim) nos manequins adultos e bebês. Só para constar, o Vitor é o namorado gracinha da minha prima que estava em um almoço familiar - ou seja - o meu caso caiu nos 80%


Voltando ao curso, até o desfibrilador (que aqui em Toronto fica nas caixas brancas em eventos e locais com acesso ao público) eu aprendi a acionar em caso de emergência. Se bem que um FIRST AIDER (é isso que eu sou agora) aqui em Toronto nem sempre precisa chegar aos finalmentes dos primeiros scorros dependendo do caso, pois o tempo de resposta dos PARAMEDICS (você que está vindo para Toronto e tem habilidades nesta área, taí uma excelente dica de profissão por aqui muito valorizada e bem paga) é o mais rápido da América do Norte – em 8 minutos eles estão em cena.

Quer entender a importância do FIRST AIDER (que pode ser você) ? Em caso de choque (falta de oxigênio no cérebro por conta de uma batida, ataque, afogamento, etc) 4 minutos é o tempo máximo que alguém sobrevive e os PARAMEDICS chegam em cena em 8 minutos (expecional tempo considerando uma cidade grande como Toronto.) . Agora faça a matemática. Muitas vidas são salvas e o trabalho mais profissional dos paramédicos só pode ser realizado com sucesso porque antes um FIRST AIDER agiu corretamente na cena do acidente.


E aí ? Pronto para obter ao menos o conhecimento e ajudar a aumentar a amostra daqueles que vão conseguir de fato agir em uma emergência? Como diz a abertura do livro teórico do curso – “Melhor saber primeiros socorros e nunca precisar utilizar ao invés de precisar e não saber”.


Eu recomendo muito o curso, além do que você também vai perceber como há muita desinformação e mitos em torno dos primeiros socorros e que muitos deles são universais do tipo : pasta de dente em queimadura (ARGH@) , manteiga e por aí vai... E você, conhece algum absurdo da sabedoria popular quando alguma coisa sai errado?