Não acreditei. Fiquei perplexa. Passada mesmo, acho que de tanta felicidade e cansaço ao mesmo tempo! Cansaço porque aquele era nosso primeiro sábado (digo dia) na casa nova e eu só fazia desempacotar mudança (ainda estou fazendo mas bem menos). Felicidade porque o marido trazia da rua o meu amado, delicioso, gostoso e imbatível Pão Francês!!!!
Naquele dia faltou apenas a mortadela no meio dele (o meu querido pãozinho) mas foi queijo branco mesmo e eu me ludibriei dizendo a mim mesma que era mais saudável. Ok, saudável mas não mais gostoso. Enfim, quando dei a primeira mordida o meu paladar quase não acreditou que estava de fato comendo um verdadeiro pão francês, não um fajuto como muitos que já vi por aqui.
Aquele mesmo, sagrado de toda manhã e que, desde que nos mudamos para o Canadá, perdeu lugar para o famijerado pão de forma, que tem lá seu charme mas nunca vai chegar perto de um real e legítimo pão francês. Esse sim, vai bem com tudo!
E quando pensava que minha felicidade estava completa o marido me traz a informação que ao atravessar a rua, em nosso novo endereço, há uma padaria de verdade! Não um Tim Hortons nem um Starbucks, uma P - A - D - A - R - I - A! Coisa dos Portugueses que aqui habitam graças a Deus!
O nome do paraíso na face da terra? BRAZIL BAKERY:) Eu sei, engraçado mas não importa. Aliás se pararmos um pouquinho para pensar vamos perceber que o conceito da padaria brasileira foi mesmo trazido pelos Portugueses, então no frigir dos ovos as padarias brasileiras são na verdade de origem portuguesa, mas como disse não vamos brigar por isso vamos é aproveitar que depois de tanto tempo vou poder abandonar o famijerado pão de forma e voltar para o meu lindo, delicioso e tudo de bom pão francês . Bom sem contar nas coxinhas, nos bolinhos de bacalhau e nos diversos outros tipos de pães que há ao meu alcance agora.
Tudo bem vai, acho que isso de ter padaria de verdade do outro lado da rua não vai prestar. Só não estou mais preocupada porque agora tenho lances de escada para subir e descer o dia todo e um filho de um ano e 3 meses que mais parece uma maquinha de sugar energia da mãe dele! Então tá tudo certo:)
Detalhe, quando viemos ver a casa para alugar nem sequer percebi que havia esse oasis do outro lado da rua!